domingo, 18 de julho de 2010

Estudioso de onças alerta turistas no Pantanal (Postado pelo CoroneL PaiM, candidato a Deputado Estadual - 12777)

Diário de Cuiabá/cb
O ataque de uma onça a um adolescente de 16 anos ocorrida nesta semana, em Cáceres (MT) serve como alerta para a proximidade dos humanos com os animais na região do Pantanal. Esse foi o terceiro ataque de onça a pessoas em dois anos.
O adolescente está internado em estado grave, e foi atacado na quarta-feira (14), quando fazia turismo de pesca no rio Paraguai, junto com um grupo de visitantes de Minas Gerais.
O pesquisador Peter Crawshaw, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Predadores Naturais (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodoversidde, disse acreditar que esse tipo de ataque é motivado pela proximidade das pessoas em relação às onças.
“Por tudo que se sei sobre o tema e pelo que pude ver no Pantanal, ao que tudo indica esse último ataque aconteceu porque os turistas ficaram muito próximos da onça. Invadiram o habitat dela”, afirmou o pesquisador.
Crawshaw, estudioso do felino há 33 anos, descartou as hipóteses de superpopulação de onças ou escassez de comida como motivos para o ataque. “Não há nenhum tipo de desequilíbrio no Pantanal. O único desequilíbrio é no comportamento humano, quando insiste em ficar perto demais dos animais apenas para agradar aos turistas”, declarou.
“Há animais que toleram a presença humana, mas há alguns são mais agressivos. Esses partem para o ataque, como aconteceu essa semana”. Para Crawshaw, não dá para saber se o animal é mais tolerante com a presença humana ou mais agressivo, por isso é preciso manter distância.
A prática de atrair animais para agradar aos turistas não é incomum no Pantanal. Nos passeios pelos rios da maior planície alagada do mundo, como é garantido ao visitante o contato visual com ariranhas e onças, típicos da região, há um esforço extra para que esses animais se aproximem dos turistas. O artifício usado é oferecer comida, como deixar peixes no barranco dos rios para que os felinos venham se alimentar perto da margem.
Mas a prática de oferecer comida para atrair as onças não é recomendável. A ceva dos animais pode alterar seu comportamento natural, que é de caçar para conseguir se alimentar. Isso pode propiciar os ataques.
“Se considerarmos a proximidade das pessoas com os animais, três ataques em dois anos não é um número alto. Na verdade, poderia até ser bem mais, porque a quantidade de visitantes que o Pantanal recebe é imensa”, afirma Crawshaw.
Para ele, tanto o turista quanto os donos das pousadas devem se conscientizar de que a proximidade com onças e outros animais não é bom para a natureza e traz riscos ao homem. “Nós é que devemos ser sensatos e ter bons hábitos, não os animais”, finalizou o pesquisador.

sábado, 17 de julho de 2010

Garoto de 16 anos é atacado e arrastado por onça no Pantanal

(O Pantaneiro)

O jovem estava acompanhado do pai e um pirangueiro (guia de pesca) enquanto pescavam na tarde de quarta-feira

O adolescente Victor Brás, 16 anos, foi atacado por uma onça pintada na região do Pantanal em Cáceres, a 210 quilômetros de Cuiabá.

De acordo com informações atribuidas ao capitão tenente da Marinha em Cáceres, Pedro Garcia, o jovem estava acompanhado do pai e um pirangueiro (guia de pesca) enquanto pescavam na tarde de quarta-feira, numa area próxima a "Estação Ecológica do Taiamã", que situa-se a 200 quilometros de Cáceres, cujo acesso é feito somente de barco ou avião.

O garoto teria sido agarrado pela onça na cabeça que o arrastou para dentro do rio Paraguai. Ao mesmo tempo, o pirangueiro utilizando um remo como arma conseguiu bater na onça fazendo com ele soltasse a vitima. O menino foi retirado rapidamente da agua, pois os ferimentos poderiam atrais peixes carnivoros, como a piranha. Transportado para Cáceres, o menino recebeu os primeiros socorros na embarcação Hospital São Lucas do Pantanal.

Victor Brás está internado na UTI do Hospital São Luiz, e seu quadro é estável, embora os medicos ainda não tenham emitido nenhum boletim sobre o estado de saude.

Essa não é a primeira vez que onças atacam pessoas no municipio de Cáceres. Há dois anos o pescador Luiz Alex da Silva Lara, 23 anos, estava acampado na mesma area conhecida como Pacú Gordo, junto ao seu pai Alonso Silva Lara, quando foi morto por duas onças.

Luiz Alex, estava dormindo quando foi arrastado de dentro da barraca.

No final do ano passado o servidor do Ibama Waldemar Ortega, travou uma luta contra outra onça.

Na região do Morro Pelado, dois funcionários de uma embarcação foram escorraçados por onças quando tentavam desligar o gerador elétrico do acampamento. O ataque desta semana preocupa as autoridades. Especialmente porque demonstra fragilidade de segurança na região. A Reserva do Taiamã está situada próximo da divisa com a Bolívia. São aproximadamente 123 mil hectares de uma área de enorme riqueza de fauna e flora.

A reserva foi criada para fins de proteção e estudos ambientais. Por conta disso, acaba atraindo muita gente, interessada na abundância especialmente de peixes. O guia turístico Luiz Emerson de Souza disse que no local é possível visualizar um número imenso de animais, dentre os quais as capivaras, jacarés, pássaros pantaneiros, cobras, macacos e onça pintada.

Fonte: midia max news