sexta-feira, 6 de junho de 2008
Onça Pintada (ameaçada) - Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Web www.saudeanimal.com.br
Nome vulgar: ONÇA PINTADA
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Nome científico: Panthera onca
Nome inglês: Jaguar
Distribuição: Ao sul dos EUA, México, América Central e América do Sul (Noroeste da Argentina)
Habitat: Florestas e savanas
Hábito: Noturno
Comportamento: Solitário e territorialista
Longevidade: 20 anos
Maturidade: 3 a 4 anos de idade
Época reprodutiva: Durante todo o ano
Gestação: 93 a 105 dias
Nº de filhotes: 1 a 4 filhotes
Peso adulto: 36 a 158 Kg
Peso filhote: 700 a 900 g
Alimentação na natureza: Aves, Mamíferos
Alimentação em cativeiro: Carne
Causas da extinção: Caça e destruição do habitat
Os índios do Brasil guardam a gordura da onça abatida e a comem com a ponta de uma flecha. Eles acreditam que ela lhes dá uma grande coragem, como se fosse a porção de um feiticeiro. Essa gordura também é esfregada no corpo dos meninos, para torná-los fortes e protegê-los contra o mal.
Habita florestas úmidas às margens de rios e ambientes campestres desde a Amazônia e Pantanal até os Pampas Gaúchos. A onça pintada ou jaguar possui hábitos noturnos e é solitária. Excelente caçadora e nadadora, costuma abater capivaras, veados, catetos, pacas e até peixes. Pode também caçar macacos e aves. Para atacar sua vítima, é muito cautelosa, desloca-se contra o vento e aproximando-se silenciosamente surpreende a presa saltando sobre seu dorso. Daí surgiu o nome jaguar ou jaguara que significa no dialeto Tupi-guarani a expressão "o que mata com um salto".
Sendo o maior mamífero carnívoro do Brasil, necessita de pelo menos 2 Kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 Km2 por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas. A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas. Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral, após cem dias de gestação nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros.
Apesar de tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao homem. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção em nosso país.
Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
domingo, 1 de junho de 2008
Projetos ajudam a evitar ataque de onça ao rebanho
Projetos desenvolvidos em propriedades rurais da região do Pantanal ajudam pecuaristas a desenvolverem um manejo que evite o ataque de onças aos bovinos e permite uma convivência harmoniosa com os felinos na região.
Esta convivência nem sempre foi boa e a matança de onças gerou reações de ONGs (Organizações Não-Governamentais) que atuam em defesa dos bichos. As ações punitivas e principalmente a própria conscientização dos pecuaristas estão mudando a condução destas questões.
Desde 2002 as onças cuja área de convívio compreende a fazenda San Francisco, em Miranda, são monitoradas. A propriedade tem 6 mil bovinos e no ano passado foram 20 ataques. O projeto identificou alguns hábitos que podem ajudar os pecuaristas da região a evitarem os ataques, segundo explica a Janaína Pickler, assessora técnica de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
Uma conclusão do projeto, por exemplo, é que o felino ataca com mais facilidade animais de até 12 meses e que não avança mais de 200 metros após a mata. Sabendo disso, o pecuarista pode concentrar os bezerros mais ao centro da propriedade e prevenir o rebanho.
A pedido do pecuarista, também está sendo desenvolvido o monitoramento na Fazenda São Bento, de Corumbá. Os trabalhos nesta propriedade ainda estão e andamento e podem trazer resultados diferentes, já que a região tem outras características.
site: campograndenews
Esta convivência nem sempre foi boa e a matança de onças gerou reações de ONGs (Organizações Não-Governamentais) que atuam em defesa dos bichos. As ações punitivas e principalmente a própria conscientização dos pecuaristas estão mudando a condução destas questões.
Desde 2002 as onças cuja área de convívio compreende a fazenda San Francisco, em Miranda, são monitoradas. A propriedade tem 6 mil bovinos e no ano passado foram 20 ataques. O projeto identificou alguns hábitos que podem ajudar os pecuaristas da região a evitarem os ataques, segundo explica a Janaína Pickler, assessora técnica de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
Uma conclusão do projeto, por exemplo, é que o felino ataca com mais facilidade animais de até 12 meses e que não avança mais de 200 metros após a mata. Sabendo disso, o pecuarista pode concentrar os bezerros mais ao centro da propriedade e prevenir o rebanho.
A pedido do pecuarista, também está sendo desenvolvido o monitoramento na Fazenda São Bento, de Corumbá. Os trabalhos nesta propriedade ainda estão e andamento e podem trazer resultados diferentes, já que a região tem outras características.
site: campograndenews
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